
Abraçar,beijar e falar espontaneamente com os filhos cultiva a afetividade,rompe os laços da solidão.Muitos europeus e americanos sofrem de profunda solidão.Eles não sabem tocar seus filhos e dialogar abertamente com eles.Moram na mesma casa,mas vivem em mundos diferentes.O toque e o diálogo são mágicos,criam uma esfera de solidariedade,enriquecem a emoção e resgatam o sentido da vida.
Muitos jovens cometem suicídio nos países desenvolvidos,porque raramente alguém penetra no mundo deles e é capaz de ouvi-los sem preconceito.Existe um conceito errado na psiquiatria sobre o suicídio.Quem comete atos de suicídio não quer matar a vida,mas sim a sua dor.
Todas as pessoas que pensam em morrer no fundo têm fome e sede de viver.O que elas querem destruir é o sofrimento causado por seus conflitos,a solidão que as abate,a angústia que as abala.Fale isso as pessoas deprimidas,e você verá brotar a esperança em seu interior.Na minha experiência,pude ajudar muitos pacientes a encontrar coragem para mudar as rotas da sua vida por dizer tais palavras.
Alguns entravam no consultório desejosos de morrer,mas saíam convencidos de que amavam desesperadamente viver.
Numa sociedade em que pais e filhos não são amigos,a depressão e outros transtornos emocionais encontram um meio de cultura ideal para crescerem.A autoridade dos pais e o respeito por parte de seus filhos não são incompatíveis com a mais singela amizade.Por um lado,você não deve procurar ser permissivo nem um joguete nas mãos dos seus filhos,por outro,você deve procurar ser um grande amigo deles.
Estamos na era da admiração.Ou os seus filhos o admiram ou você não terá influência sobre eles.A verdadeira autoridade e o sólido respeito nascem através do diálogo.O diálogo é uma pérola oculta no coração.Ela é tão cara e tão acessível.Cara,porque ouro e prata não a compram;acessível,porque o mais miserável dos homens pode encontrá-la.
Procure-a.
Augusto Cury.
Esse texto recebi da professora do meu filho,hoje na reunião de entrega de boletim.
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